segunda-feira, dezembro 04, 2006

"Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes."

¨Não sei qual é a minha culpa, mas peço perdão. ... Peço perdão por não ser uma ¨estrela¨ ou o ¨mar¨, ou por não ser alegre, mas coisa que se dá. Peço perdão por não saber me dar nem a mim mesma. Para me dar desse modo eu perderia a minha vida se fosse preciso - mas peço de novo perdão... Não sei perder minha vida.¨


"Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com as gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco-se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre me povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
não dei.

" De que cor é o infinito espacial? é da cor do ar."


"tenho medo do que não conheço por isso finjo saber."
“Quem não é um acaso na vida?” .

“Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só”

"desafio ao analista"
doutor, eu sonhei que um peixe tirava a roupa e ficava nu.




Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.


Quero escrever noções
sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua:
nada tenho mais a perder."
(Clarice Lispector)



"Toda a parte mais inatingível de minha alma e
que não me pertence - é aquela que me toca na
minha fronteira com o que já não é eu, e à qual
me dou. Toda a minha ânsia tem sido esta proximidade
inultrapassável e excessivamente próxima.
Sou mais aquilo que em mim não é."

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