segunda-feira, dezembro 04, 2006

"Sempre e eternamente
é o dia de hoje
e o dia de amanhã será um hoje.
A eternidade é o estado das
coisas neste momento."
(Clarice Lispector)

E achava bom ficar triste. Não desesperada, poi isso nunca ficara já que era tão modesta e simples mas aquela coisa indefinível como se ela fosse romântica...

"Nós dividimos o tempo quando ele na realidade não é divisível. Ele é sempre imutável. Mas nós precisamos dividi-lo. E para isso criou-se essa coisa monstruosa que é o relógio"

"Que se há de fazer com a verdade que todo mundo é um pouco triste e um pouco só?"

"De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é"

26/11/2006 15:11 "Ela vivia à beira das coisas"

"Sentia uma dor imutável e calma no peito como se tivesse engolido o próprio coração e o suportasse com dificuldade"

"Como alguém cujo corpo precisasse do sal como substância de essência e então o comesse com prazer sedento"

"Não se sentia sequer um desespero presente mas como a recordação de um desespero passado, há muito perdido e por isso agora para sempre sem solução"

" O hábito tem-lhe amortecido as quedas.
Mas sentindo menos dor, perdeu a vantagem
da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia vive
incomparavelmente mais sereno, porém em grande
perigo de vida: pode estar a um passo de estar
morrendo, a um passo de já ter morrido,
e sem o benefício de seu próprio
aviso prévio."

" Impossível, diz em eco a mornidão ainda
tão mordente e fresca da primavera.
Impossível que esse ar não traga o
amor do mundo! repete o coração que
parte sua secura crestada num sorriso.
E nem sequer reconhece que já o trouxe,
que aquilo é amor. Esse primeiro calor
ainda fresco traz: tudo. Apenas isso:
e indiviso: tudo."

Tinha a vontade de "me gastar", de perder um braço, de passar por dores e constrangimentos terríveis. Numa palavra: Tinha coragem!



"Sou um monte intransponível diante de mim."

Ah! Era mais fácil ser santo do que ser uma pessoa!

A minha vida a mais verdadeira é irreconhecível, extremamente interior e não tem uma só palavra que a signifique

Eu sou uma pergunta "

"Eu queria morrer vivo, descendo ao meu próprio túmulo e eu mesmo fechá-lo, com uma pancada seca. E depois, enloquecer de dor na escuridão da terra. Mas não a inconsciência".

"Perco a consiência, não importa, encontro a maior serenidade na alucinação."

"Até no capim vagabundo há desejo de sol"

"Estou triste. Um mal-estar que vem do êxtase não caber na vida dos dias."



"É que um mundo todo vivo tem a força de um Inferno"

Perdoando Deus - Felicidade Clandestina
Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato.
Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes.
Só porque contive meus crimes, eu me acho de amor inocente.
Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar com lividez esta minha alma que é apenas contida.

Se tudo existe é porque sou. Mas por que esse mal estar? É porque não estou vivendo do único modo que existe para cada um de se viver e nem sei qual é. Desconfortável. Não me sinto bem. Não sei o que é que há. Mas alguma coisa está errada e dá mal estar. No entanto estou sendo franca e meu jogo é limpo. Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza. O que há então? Só sei que não quero a impostura. Recuso-me. Eu me aprofundei mas não acredito em mim porque meu pensamento é inventado.


"Pra Não dizer Adeus"
Silêncio. Preciso morrer. Já morri algumas vezes, á tempos que não. Às vezes é preciso, é preciso morrer para viver. Ando com saudade de Deus.

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