A melhor parte de nossa memória está fora de nós, numa brisa
chuvosa, num cheiro de quarto fechado, ou no odor de uma
labareda, em toda parte onde encontramos de nós mesmos o que
nossa inteligência rejeitara, por julgá-lo inútil, a última reserva do passado,
a melhor, aquela que, quando todas as nossas lágrimas parecem ter secado,
sabe nos fazer chorar ainda. [...] Em plena luz da memória habitual, as imagens
do passado empalidecem aos poucos, vão se apagando, não resta mais nada
delas, não as encontramos nunca mais.
Marcel Proust
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