quarta-feira, maio 17, 2006

pula

na minha janela há uma estrela como na janela do mundo todo as
umas apagadas pela fumaça da rotina, da guerra, do tédio.
outras pelos olhos de quem olha.
quanto tempo demora pra tudo acabar?
quanto tempo pra memória cair do corpo do décimo terceiro andar?
depois de quantos anos a gente aprende a desistir mais fácil?
quando todas as teorias sobraram de falsos espiões
falsas palavras
sintaticamente inúteis
e venenosas.
pensamentos quebrados
um café.
um sonho.
escuridão.
não vai bem.
não vai, meu bem.
bem?
dois cafés.
memória.
e a alma gritando: Pula!Pula!Pula!

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